quinta-feira, 14 de agosto de 2014

AERONAVES E MOTORES -> Capítulo X - Operação do Motor - Parte 2/2



CAPÍTULO X

OPERAÇÃO

DO 
MOTOR

Parte 2/2




CONTINUAÇÃO...


FASE OPERACIONAL DE MARCHA LENTA

O motor funciona sem solicitação de esforço, com velocidade apenas suficiente para não para. A manete de potência deve estar totalmente puxada para trás. A entrada de ar do motor é fortemente estrangulada, para admitir apenas uma pequena quantidade de ar.



Imagem 1
A mistura deve ser rica, porque uma parte da gasolina perde-se misturando com os gases queimados que retornam do tubo de escapamento, devido ao cruzamento de válvulas (já estudado no capítulo 7). O ajuste da mistura de marcha lenta deve ser feito por um mecânico, com o avião no solo.


FASE OPERACIONAL DE DECOLAGEM

Esta é a fase em que se exige a máxima potência do motor. A manete de potência é levada toda para a frente (manete a pleno). Isso faz com que o motor seja alimentado com a máxima quantidade de  ar e gasolina em excesso (mistura rica, na proporção de 10:1).



Imagem 2

A temperatura do motor poderá aumentar rapidamente, mas não causará danos, por que em menos de um minuto o avião terá decolado e atingido altura suficiente para o piloto reduzir a potência.

FASE OPERACIONAL DE SUBIDA

Nesta fase, o piloto reduz a rotação do motor, ajustando-a para potência máxima contínua (a potência máxima que o motor pode suportar sem limite de tempo). Em muitos aviões de baixa performance é desnecessário reduzir a rotação, por que o motor possui torque suficiente para girar a hélice em rotação excessiva durante a subida.


Imagem 3

A mistura ideal para subida é moderadamente rica (12,5:1). Se a altitude alcançada for grande, o ar ficará rarefeito, tornando a mistura excessivamente rica. Nesse caso, o piloto deverá empobrecer a mistura, puxando aos poucos a manete de mistura; haverá um aumento de rotação e o motor funcionará mais suavemente. Quando a rotação começar outra vez a cair, o piloto deverá voltar a manete um pouco e aí deixar . Esse procedimento é a correção altimétrica da mistura.


Imagem 4

FASE OPERACIONAL DE CRUZEIRO

Esta é geralmente a fase mais longa do voo, que compreende a viagem até o destino. Usa-se uma potência reduzida e a mistura pobre (16:1), para economizar combustível. A manete deve ser ajustada para rotação recomendada (por exemplo, 2200 RPM). Durante o cruzeiro, o piloto deve verificar constantemente a rotação no tacômetro.


Imagem 5


FASE OPERACIONAL DE ACELERAÇÃO

A aceleração rápida é efetuada em caso de emergência, por exemplo, quando surge um obstáculo inesperado na pista durante o pouso. O motor possui um sistema de aceleração rápida, que injeta uma quantidade adicional de gasolina no ar admitido, tornando a mistura rica. Esse sistema é acionado automaticamente quando o piloto leva a manete totalmente à frente.



Imagem 6


FASE OPERACIONAL DE PARADA DO MOTOR

Nos motores de automóveis, o sistema é parado desligando-se a chave de ignição. Esse procedimento tem a desvantagem de deixar uma certa quantidade de gasolina nos cilindros, causando diluição d óleo lubrificante. Para evitar esse inconveniente, é recomendado para os motores de aviação cortando a mistura, ou seja, interrompendo a entrada de gasolina.


Imagem 7

Neste capítulo estudamos o uso das manetes de potência e de mistura, além do tacômetro. Os demais controles e instrumentos serão estudados mais tarde. Os procedimentos descritos são aplicáveis a todos os aviões, mais a localização e o formato dos instrumentos e controles pode variar, como na figura abaixo.

Imagem 8



4 comentários:

  1. Parabéns pelo site, muito bom mesmo! Ajudou bastante nos estudos :)

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    1. Muito obrigado Caio César pelo feedback e espero poder ajudar muito mais !!! Abs, fica com Deus!

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  2. Já vou começar a pilotar e estou revendo os aprendizados no teu site. Muito bom. Reforço no aprendizado é sempre bem vindo. Abraços.

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