segunda-feira, 11 de maio de 2015

Meteorologia -> Capítulo XVII - FORMAÇÃO DE GELO




CAPÍTULO XVII


FORMAÇÃO 
DE 
GELO


INTRODUÇÃO

Afeta a aeronave, tanto nas partes internas quanto externamente.

Nas partes internas o gelo se forma no tubo de Pitot, nos carburadores e nas tomadas de ar.
Externamente ocorre nas superfícies expostas 

CONDIÇÕES

Aeronave voando através de água liquida visível na forma de chuva ou gotículas de nuvens.
Temperatura do ar e da aeronave devem ser iguais ou inferiores a 0 ºC.

CONSEQUÊNCIAS

Aumenta o peso e arrasto.
Diminui a sustentação e o impulso.
Aumenta o consumo de combustível.
Perda da eficiência da radio-comunicação.

INTENSIDADE

  • FRACA: Não requer uso do sistema contra gelo. Removido pelo ar.
  • MODERADA: Requer ocasionalmente o uso anti-ice. Mudança de FL.
  • FORTE: Requer o uso continuo do anti-ice e mudança de FL.
  • SEVERA: Sistema anti-ice se torna insuficiente. Mudança de FL.
ALTITUDE

NÍVEIS MÁXIMOS: 30.000 E 35.000 FT.
Dentro de Trovoadas pode chegar a 50.000 FT, principalmente no inverno e outono.

TIPOS

O TAMANHO E A TEMPERATURA DAS GOTÍCULAS DETERMINAM A FORMAÇÃO DO GELO CLARO OU ESCARCHA;

A TEMPERATURA DA AERONAVE E A UMIDADE DO AR, A GEADA.


  • GELO CLARO (LISO ou CRISTAL)
    • Oferece maior perigo as aeronaves em voo.
    • Denso, transparente, desprende-se com dificuldade, alterando o perfil aerodinâmico do avião.
    • Formação com temperatura entre 0 e –10ºC em nuvens cumuliformes.
    • Pode ser observado nas bandejas de um refrigerador
  • ESCARCHA
    • Gelo Opaco, Granulado ou Amorfo.
    • Gelo leitoso que se forma com nuvens estratiformes entre –10º e –20ºC.
    • Ar Estável.
    • Igual ao que se forma cobrindo às paredes externas do congelador de uma geladeira.
  • GEADA
    • Fina camada aderindo aos bordos de ataque, para-brisas e janelas da aeronave em voo.
    • Não pesa, nem altera os perfis da aeronave, mas afeta a visibilidade do piloto.
    • Ocorre com aeronave em áreas muito frias.
    • Ocorre sobre aviões à jato, quando descem em níveis baixos, quentes e saturados.  
PROCESSO DE FORMAÇÃO


  • MASSAS DE AR 
    • ESTÁVEL: 
      • Formação de gelo amorfo em NS e AS.
    • INSTÁVEL:
      •  Formação de gelo claro em TCU e CB.
    • FRONTAL
      • Frente Fria e Linhas de Trovoada:
        • Formação de Gelo Claro.
      • Frente Quente e Estacionárias: 
        • Formação de Gelo Amorfo.
      • Frente Oclusa: 
        • Formação de Gelo Claro e Amorfo.
EFEITOS DO GELO SOBRE A AERONAVE


  • Sistema de Carburação:
    • Reduz o rendimento do motor.
    • Pode ocorrer  três formas:
      • Acúmulo de gelo na tomada de ar do motor afetando a mistura de combustível.
      • Acúmulo de gelo no interior do carburador através do fluxo de ar no sistema de injeção.
      • Resfriamento da evaporação do combustível ao ser introduzido na corrente de ar. 
  • Asas e Empenagem:
    • Modifica o perfil aerodinâmico.
    • Aumenta a resistência ao avanço e Diminui a sustentação.
  • Hélices
    • Reduz o rendimento.
    • Motor apresenta vibrações devido ao desbalanceamento da hélice.
    • Pode ocorrer formação de gelo do centro para as pontas.
  • Tubo de Pitot 
    • Causa bloqueio do tubo de pitot.
    • Afeta os instrumentos de velocidade vertical (climb), altímetro e velocímetro.
    • Muitas vezes, a queda na velocidade indicada, é causada por gelo no Pitot.
  • Antenas
    • Produz efeito prejudiciais às comunicações
    • Poderá romper a antena.
SISTEMAS DE COMBATE

Divididos em duas classes:

  • Anticongelantes: Impedem que a formação de gelo ocorra
  • Descongelantes: Agem sobre o gelo já formado.

PROCEDIMENTOS (MECÂNICO/ TÉRMICO/ QUÍMICO)

a) providenciar a remoção do gelo depositado sobre a aeronave, antes da decolagem;

b) usar o sistema anti-gelo adequadamente, seguindo as normas operacionais para cada tipo de aeronave;

c) evitar níveis de voo dentro de nuvens com alto índice de precipitação, principalmente na faixa térmica entre 0 e -20°C;

d) subir para níveis mais altos ou descer para faixas térmicas positivas (se possível), quando pressentir que os sistemas de combate à formação de gelo se tornaram ineficientes e

e) enviar mensagem de posição, reportando formações de gelo em seu nível de voo, caso tenha sido surpreendido.

EXERCÍCIOS

1) O gelo claro, numa aeronave, ocorrerá quando a temperatura estiver entre:
a) –2ºC e 0ºC;            
b) –1ºC e 0ºC;
c) –10ºC e 0ºC;
d)  0ºC e 0,5ºC;

2) Para evitar a formação de gelo em aeronaves, o piloto deverá voar:
a) Fora de nuvens;
b) Com temperaturas abaixo de –40ºC;
c) Em locais com umidade elevada;
d) Sempre com temperaturas negativas;

3) O gelo claro (vidrado) predomina:
a) abaixo de 0ºC em CB;  
b) acima de 0ºC em NS;
c) abaixo de 0ºC em NS;
d) acima de 0ºC em CB;

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