segunda-feira, 25 de agosto de 2014

AERONAVES E MOTORES -> Capítulo XV - SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO -- Parte 2/2



CAPÍTULO XV

SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

PARTE 2/2



CONTINUAÇÃO...

COMPONENTES DO SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO 

Os principais componentes são o reservatório (tanque de óleo), radiador, bombas, filtros, decantador e válvulas de diferentes tipos.


RESERVATÓRIO

Em muitos motores, o próprio cárter serve como reservatório. São os motores de "cárter molhado". Existem, por outro lado, os motores de "cárter seco", onde existe um reservatório à parte.



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O nível do óleo no reservatório deve ser examinado periodicamente, devido à perda que ocorre por vaporização, queima nos cilindros, vazamentos, etc.


RADIADOR DE ÓLEO

Quando a temperatura do óleo sobe acima de um determinado limite, abre-se um termostato (válvula que funciona com calor), fazendo o óleo passar por um radiador. O radiador recebe o vendo da hélice. O óleo entra no radiador com baixa viscosidade e alta temperatura e ao sair, estará mais frio e mais ciscoso.



BOMBA DE ÓLEO

As bombas de óleo usadas no sistema de lubrificação, são geralmente do tipo de engrenagens. Elas recebem diferentes nomes, conforme suas finalidades.

Os tipos principais são:


  • Bomba de Pressão ou (de Recalque) - retira o óleo do reservatório e o envia sob pressão para o motor.
  • Bomba de Recuperação (ou de Retorno) - retira o óleo que circulou no motor e leva-o para o reservatório.

FILTRO

Serve para reter as impurezas do óleo, através de uma fina tela metálica, discos ranhuras ou papelão especial corrugado. O filtro deve ser periodicamente limbo ou substituído antes que o seu elemento filtrante fique obstruído.

O tipo de filtro mais utilizado nos aviões leves é o descartável, de formato semelhante ao dos automóveis. O mecânico deve examinar os elementos filtrantes quando desmontar os filtros (no caso dos descartáveis, pode-se cortar e remover o elemento filtrante), a fim de verificar se existem partículas metálicas retidas, indicando o desgaste anormal ou iminente falha de algum componente do motor.

Imagem 2



DECANTADOR

Em alguns aviões, o óleo que circulou pelo motor escoa por gravidade até um pequeno tanque chamado decantador ou colhedor.

A seguir, o óleo passa por um filtro e uma bomba o envia ao reservatório. Em muitos aviões não existe decantador, pois o próprio reservatório desempenha essa função.


Imagem 3




VÁLVULAS

No sistema de lubrificação existem muitos tipos de válvulas que controlam o fluxo de óleo. Os mais importantes são:


  • Válvula Reguladora de Pressão - é colocada na linha para evitar que a pressão do óleo ultrapasse um determinado valor.
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  • Válvula Unidirecional - esta válvula dá livre passagem ao óleo num sentido e impede o fluxo no sentido contrário.
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  • Válvula de Contorno ou "by-pass" - é uma válvula que abre-se acima de uma determinada pressão, com a finalidade de oferecer um caminho alternativo para o óleo. É muito usada nos filtros de óleo, a fim de permitir o fluxo do lubrificante quando o filtro ficar obstruído (é melhor permitir que o motor funcione com óleo não filtrado do que sem nenhum óleo).

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INSTRUMENTOS DO SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

Servem para verificar o bom funcionamento do sistema de lubrificação e detetar anormalidades. Os principais instrumentos são o manômetro de óleo e o termômetro de óleo.

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MANÔMETRO DE ÓLEO

Este é o primeiro instrumento a ser observado durante a partida do motor. Em funcionamento normal, o ponteiro deverá estar dentro de uma faixa verde pintada no mostrador. Na partida com o motor frio, porém, a pressão deverá ultrapassar esse limite por que o óleo está muito mais ciscoso do que na temperatura normal de funcionamento. Se isso não acontecer dentro de 30 segundos de funcionamento (ou 60 segundos em tempo muito frio), deve-se parar imediatamente o motor, pois isso indica uma possível falha no sistema de lubrificação. À medida que o motor se aquece, o ponteiro deverá descer para a faixa verde.


TERMÔMETRO DE ÓLEO

O aquecimento gradual ao óleo pode ser observado no termômetro de óleo. O piloto só deve acelerar o motor para decolar se o termômetro estiver indicando um valor mínimo recomendado pelo fabricante do motor.


Imagem 8



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