CAPÍTULO X
OPERAÇÃO
DO
MOTOR
Parte 1/2
A figura abaixo mostra um painel de instrumentos localizado à frente do piloto destacando os controles e instrumentos necessários à operação do motor.
Imagem 1 |
MISTURA AR-COMBUSTÍVEL
O estudo da mistura ar_combustível é importante para compreender o funcionamento do motor em diversas condições.
O ar é uma mistura formada por oxigênio, nitrogênio e outros gases, dos quais somente o oxigênio toma parte na combustão.
O combustível usado nos motores aeronáuticos a pistão é a gasolina de aviação, que será estudada no capítulo posterior. De acordo com a proporção de gasolina, a mistura pode ser rica, pobre ou quimicamente correta.
Imagem 2 |
O termo "mistura' é também usado para indicar a relação entre as massas de ar e gasolina. Essa relação pode ser indicada de três maneiras diferentes:
- 10:1 (Dez partes de ar e uma parte de gasolina);
- 1:10 (Uma parte de gasolina e dez partes de ar);
- 0,1:1(0,1 parte de gasolina e uma parte de ar);
MISTURAS INCOMBUSTÍVEIS
A proporção ar-gasolina não pode ser variada à vontade, pois a mistura pode tornar-se incombustível nas seguintes condições:
- Mistura mais que pobre 25:1 - Não queima por falta de gasolina;
- Mistura mais que rica 5,55:1 - Não queima por falta de ar;
POTÊNCIA E EFICIÊNCIA
A mistura rica faz o motor funcionar com maior potência e menor eficiência, por que há um excesso de gasolina que não é queimado e perde-se pelo escapamento. Se a mistura for pobre, a potência será menor devido à falta de combustível, mas a eficiência será maior, porque não há desperdício de combustível.
Tudo isso pode ser visualizado no gráfico abaixo. Neste exemplo, a mistura rica (10:1) produz a potência máxima de 150 HP, mas a eficiência é de apenas 10%. A mistura pobre (16:1) diminui a potência para 100 HP, mas a eficiência aumenta para 31%. Isso demonstra que a mistura 10:1 deve ser usada para decolar e aterrissar e a mistura 16:1 para voar em regime de cruzeiro.
Imagem 3 |
NOTA: Resta explicar por que não usamos na prática a mistura quimicamente correta (15:1). Sem dúvida, essa mistura seria ideal se fosse possível efetuar a sua combustão total no motor. Na prática, porém, a combustão não é perfeita e por isso a mistura quimicamente correta não é queimada totalmente - haverá um resíduo inaproveitado de combustível e também de ar, após a combustão, ou seja, não teremos nem potência máxima, nem eficiência máxima. portanto não haverá vantagem em usar essa mistura.
FASES OPERACIONAIS DO MOTOR
São as diversas condições em que o motor funciona durante o voo. São elas:
- Marcha lenta;
- Decolagem;
- Subida;
- Cruzeiro;
- Aceleração;
- Parada;
NOTA - É preciso não confundir estas fases operacionais com as seis fases de funcionamento, que são: admissão, compressão, ignição, combustão, expansão e escapamento, já estudadas no capítulo 7.
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