quarta-feira, 2 de julho de 2014

AERODINÂMICA E TEORIA DE VOO -> Capítulo VI - Forças Aerodinâmicas (Parte 2/3)


CAPÍTULO 6 

FORÇAS AERODINÂMICAS

Parte 2/3


SUSTENTAÇÃO

A seguir faremos um estudo especial da força de sustentação.

Dependendo do ângulo de ataque (ALFA), a sustentação (L) assumirá diversos valores conforme o tipo de perfil.

Isso deve ser estudado cuidadosamente nos itens abaixo.

Quando o ângulo de ataque é positivo, a sustentação será também positiva, qualquer que seja o tipo de perfil. 

A sustentação é positiva quando ela é dirigida do intradorso para o extradorso.



O ângulo de ataque é nulo quando o vento relativo sopra na mesma direção da corda do aerofólio.

A sustentação poderá ser nula ou positiva, dependendo do tipo de perfil, conforme mostra a figura ao abaixo.


Existe um ângulo de ataque no qual a asa não produz sustentação. Esse ângulo chama-se Ângulo de Ataque de Sustentação Nula

O ângulo de sustentação nula é sempre igual a zero nos perfis simétricos e negativos nos perfis assimétricos.



Quando o ângulo de ataque é menor que o ângulo de sustentação nula, a sustentação do aerofólio torna-se negativa. 

A sustentação negativa é usada em acrobacia aérea, principalmente para voo invertido.





Quando o ângulo de ataque é aumentado, a sustentação também aumenta, até atingir um certo valor máximo, o qual é atingido no instante em que o turbilhonamento está prestes a se iniciar no extradorso.


Isso ocorre quando o perfil atinge o ângulo crítico (também denominado ângulo de estol ou ângulo de sustentação máxima ou ângulo de perda).


Ultrapassado esse ângulo crítico, os filetes de ar não conseguem mais acompanhar a curvatura do extradorso, e começa a se formar um turbilhonamento, diminuindo bruscamente a sustentação e aumentando rapidamente o arrasto.

Embora a Matemática não seja essencial para compreender os princípios básicos do voo, é interessante memorizar a seguinte fórmula (Fórmula de Sustentação):


O coeficiente de sustentação é um número determinado experimentalmente, que depende do ângulo de ataque e do formato do aerofólio. Ele é tanto maior quanto maiores forem:

  • O ângulo de ataque;
  • A espessura do aerofólio;
  • A curvatura do aerofólio;
A fórmula acima leva-nos às seguintes conclusões:

  • A sustentação depende de:
    • Coeficiente de sustentação;
    • Densidade do ar;
    • Área da asa;
    • Velocidade;
  • A sustentação é proporcional a:
    • Coeficiente de sustentação;
    • Densidade do ar;
    • Área da asa;
    • Velocidade;

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