quinta-feira, 12 de março de 2015

Meteorologia -> Capítulo XI - NEVOEIRO



CAPÍTULO XI


NEVOEIRO


DEFINIÇÃO

Fenômeno resultante da condensação ou sublimação do vapor de água junto ao solo, representando grande perigo nas operações de pouso e decolagens.

CONDIÇÕES

  • Umidade relativa entre 97 e 100%;
  • Visibilidade horizontal inferior a 1.000 M;
  • Vento fracos;
  • Temperatura baixa;


TIPOS
  • MASSAS DE AR
    • Formam dentro de uma massa de ar;
  • FRONTAIS
    • Ocorrem associados aos sistemas frontais;

NEVOEIRO DE MASSA DE AR

  • Nevoeiro de Radiação: forma-se em consequência da radiação terrestre, céu claro e umidade elevada. Ocorre principalmente na Primavera e Inverno.


NEVOEIRO DE ADVECÇÃO: 
Resultado do movimento horizontal do ar sobre as superfícies de terra ou água. Pode ser:

  • NEVOEIRO DE VAPOR:
    • Ocorre quando o ar frio da superfície da terra, desloca-se sobre uma superfície líquida mais quente. É comum sobre rios, lagos, pântanos e em especial no outono e inverno.
  • NEVOEIRO MARÍTIMO: 
    • Forma-se sobre o mar quando o ar quente e úmido do continente ou outra superfície líquida desloca-se sobre água muito fria. Ocorre principalmente na primavera e verão.
  • NEVOEIRO DE BRISA:
    • Forma-se quando o ar quente e úmido dos oceanos desloca-se sobre as regiões costeiras mais frias. O ar quente e úmido perderá calor e se condensará. Ocorre normalmente no inverno.
  • NEVOEIRO OROGRÁFICO:
    • O ar deslocando-se ao longo de uma encosta, vai resfriando-se à medida que vai subindo até atingir a condensação.
  • NEVOEIRO GLACIAL:
    • Forma-se nas regiões polares onde as temperaturas encontram-se abaixo de -30ºC. Devido às baixas temperaturas, há a sublimação do vapor de água, que produz micro cristais de gelo no ar. 


NEVOEIROS FRONTAIS:

São os nevoeiros que ocorrem associados aos sistemas frontais. Surgem pela condensação da umidade evaporada durante a precipitação na massa de ar fria.

- FRENTE FRIA: Nevoeiro Pós-frontal

- FRENTE QUENTE: Nevoeiro Pré-frontal


INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS

  • NEVOEIRO DE SUPERFÍCIE (FG)
    • Também conhecido como nevoeiro de céu visível, restringe apenas a visibilidade horizontal.
    • Não causa restrição à visibilidade vertical.
    • METAR SBCG 231100Z 18002KT 0400 FG SCT005 BKN080 10/10 Q1023=


  • NEVOEIRO DE  CEU OBSCURECIDO (FG VV)
    • Restringe a visibilidade horizontal quanto a visibilidade vertical.
    • Não consigo definir tipo de nuvens.
    • Codifica-se VV (visibilidade vertical)
    • METAR SBGR 211000Z 17002KT 0300 R09/0200 R27/0400 FG VV001 11/11 Q1020


  • BANCO  DE NEVOEIRO (BCFG)
    • Nevoeiro localizado em pontos isolados, distantes do local de observação.
    • Codifica-se BCFG.
    • Visibilidade horizontal igual ou superior a 1.000M.
    • METAR SBCR 011100Z 13004KT 1100 BCFG NSC 13/12 Q1022


  • NEVOEIRO PARCIAL (PRFG)
    • NEVOEIRO COBRINDO PARTE DO AERÓDROMO; 
    • A VISIBILIDADE APARENTE NO BANCO DE NEVOEIRO DEVERÁ SER MENOR QUE 1000 METROS, 
    • 2 (DOIS) METROS ACIMA DO NÍVEL DO SOLO.
    • METAR SBPP 311000Z 01004KT 1300 PRFG OVC008 11/11 Q1020


  • NEVOEIRO BAIXO (MIFG)
    • Estende-se verticalmente até uma altura máxima de 2 metros.
    • Codifica-se MIFG
    • SPECI SBDN 091215Z 30002KT 0800 MIFG BKN010 OVC100 12/12 Q1018

terça-feira, 3 de março de 2015

Meteorologia -> Capítulo X - NUVENS



CAPÍTULO X


NUVENS


INTRODUÇÃO

AR SATURADO OU PRÓXIMO;
QUANTIDADE DE NÚCLEOS DE CONDENSAÇÃO;
TEMPERATURA BAIXA;

CLASSIFICAÇÃO

A classificação é baseada na aparência e altitude das nuvens. Originalmente a classificação das nuvens assentava em quatro categorias:

Stratus (Camada)
Cumulus (Monte)
Cirrus (Tufo de pelos)
Nimbus (Chuva Forte).


  • ASPECTO
    • ESTRATIFORMES: DESENVOLVIMENTO HORIZONTAL COM PRECIPITAÇÃO LEVE E     CONTÍNUO.
    • CUMULIFORMES:  DESENVOLVIMENTO VERTICAL. PRECIPITAÇÃO FORTE E EM     PANCADAS.


  • PROCESSO DE FORMAÇÃO
    • Convecção: São chamadas de nuvens Convectivas, SEMPRE com aspecto Cumuliforme.
    • Orográfico: A Nuvem pode se formar em regiões montanhosas sempre a BARLAVENTO (sempre a frente das montanhas);
    • Advecção: É quando o fluxo de ar quente e úmido sobre uma superfície fria , pode formar nuvens advectivas de aspecto ESTRATIFORME.


  • ASPECTO FÍSICO
    • Nuvens do estagio Alto NÃO produzem sombra e precipitação.
    • Nuvens com terminação CUMULUS indicam instabilidade.
    • Nuvens com terminação STRATUS indicam estabilidade.


  • ESTRUTURA FÍSICA
    • LÍQUIDAS: GOTÍCULAS DE ÁGUA
      Ex.: (Nuvens baixas - Stratus...);
    • SÓLIDAS: CRISTAIS DE GELO.
      Ex.: (Nuvens Altas - Cirrus ...);
    • MISTAS:  GOTÍCULAS DE ÁGUA E CRISTAIS DE GELO
      Ex.: (Nuvens Médias / Desenvolvimento vertical - Altocumulus, Cumulonimbus ...);


  • ESTÁGIOS DE FORMAÇÃO
    • Baixas: 
              De 30M a 2.000M;
    • Médias: 
              De 2.000 a 4.000M Lat. Polares;
              De 2.000 a 7.000M Lat. Temperadas;
              De 2.000 a 8.000M Lat. Tropicais;
    • Altas:  ACIMA DAS NUVENS MÉDIAS



  • GÊNEROS
    • NACARADAS: Surgem nas altas latitudes (Próximo aos polos), semelhantes aos Cirrus, entre 20 e 30 quilômetros altura, onde os processos convectivos extremamente violentos elevam o vapor de água.
    • NUVENS NOCTILUCENTES: Surgem nas latitudes temperadas entre 80 e 90 quilômetros de altura.
      Ainda há dúvidas sobre a sua constituição física.
    • TRILHA DE CONDENSAÇÃO: Rastro de nuvens, formadas na esteira de um avião, quando a atmosfera ao nível de voo, está fria e úmida.

      São provocadas pela sublimação do vapor de água por efeito da exaustão dos motores.



  • NUVENS DO ESTÁGIO ALTO.
    • CIRRUS (CI):
      • Nuvens com aspecto delicado, sedoso, sem sombra própria.
      • Sem precipitação.
      • A espécie Cirrus Uncinus indica, geralmente, o núcleo da corrente de jato.
      • Uncinus: Rabo de Galo ou NIKE.

    • CIRROCUMULUS (CC):
      • Nuvens brancas sem sombra própria.
      • Compostas de elementos muitos pequenos em forma de grãos, rugas.
      • Indicam a base da corrente de jato e turbulência em níveis altos.

    • CIRROSTRATUS (CS):
      • Ar estável – sem turbulência;
      • Sem sombra própria
      • Véu transparente e esbranquiçado, de aspecto fibroso.
      • Característica: círculo ao redor do sol ou da lua, denominado “HALO”.

    • HALO
      • O Halo se forma devido a refração da luz solar através do cristais de gelo que compõe o Cirrostratus.



  • NUVENS DO ESTÁGIO MÉDIO
    • ALTOSTRATUS (AS)
      Ar estável – sem turbulência;
      Camada de nuvens cinzento-azulada, de aspecto uniforme, cobrindo quase sempre, inteiramente o céu;
      Pode ocorrer precipitação na forma de chuva de caráter contínuo.
    • ALTOCUMULUS (AC)
      Ar instável;
      Sombra Própria;
      Nuvens brancas ou acinzentadas;
      Constituem o chamado céu encarneirado.
      Pode produzir precipitação em forma de virga (chuva que não alcança o solo);
      Os altocumulus identificam Turbulência nos níveis médios.
    • NIMBOSTRATUS (NS)
      Ar estável
      Nuvens de aspecto amorfo, base difusa, muito espessa e escura.
      Precipitação é intermitente e mais ou menos intensa.


  • NUVENS DO ESTÁGIO BAIXO
    • STRATUS (ST)
      Restrição de teto.
      Ar estável.
      Camada de nuvem comumente cinza com base bastante uniforme, a qual pode apresentar precipitação na forma de CHUVISCO.
      Quando o sol é visível através da nuvem seu contorno é claramente distinguido.
    • STRATOCUMULUS (SC)
      Banco, lençol ou camada de nuvem cinzentada ou esbranquiçada que têm partes escuras compostas de massas ou rolos.
      A precipitação é fraca, e o voo dentro dessa nuvem é acompanhado de TURBULÊNCIA LEVE.
      Caracteriza o equilíbrio condicional (turbulência dentro apenas).
  • NUVENS DE DESENVOLVIMENTO VERTICAL
    • CUMULUS (CU)
      Nuvens isoladas, geralmente densas e de contornos definidos,
      Apresenta desenvolvimento vertical, com bases horizontais.
      Assemelha-se a couve-flor, sendo maior frequência sobre a terra durante o dia e sobre a água a noite.
      Quando desenvolvidos são chamados de TCU (Grande Cumulus).
      Precipitação  na forma de pancadas de chuva.
    • CUMULONIMBUS (CB)
      Nuvem densa e possante de considerável dimensão vertical.
      Sua região superior pode desenvolver-se em forma de bigorna.
      Nuvem de trovoada, relâmpago.
      É constituída por gotículas de água, cristais de gelo, gotas superesfriadas, flocos de neve e granizo.



  • DESCRIÇÃO DAS NUVENS
    • UNCINUS
      forma especial de cirrus, chamada popularmente de "rabo-de-galo" e cujo nível é caracterizado por ventos fortes associados à corrente de jato.
    • CASTELLANUS
      Nuvens cumuliformes assentadas numa base comum.
    • MAMATUS
      Protuberância pendentes, como sacos ou seios, na parte inferior de uma nuvem. São indicativos de forte turbulência.
  • ALTURA PRÁTICA DAS NUVENS
    • BAIXA: 001 A 060 (100 PÉS A 6.000 PÉS);
    • MÉDIA: 070 A 190 (7.000 PÉS A 19.000 PÉS);
    • ALTA: 200 OU + (20.000 PÉS OU +);
  • QUANTIDADE
    • FEW = Poucas nuvens (1 a 2/8);
    • SCT = Esparso ou Parcialmente nublado (3 a 4/8);
    • BKN =  Nublado (5 a 7/8);
    • OVC = Encoberto (8/8);
  • ALTURA
    • Corresponde á distância vertical que separa a base da nuvem da pista.
      A altura é informada em incrementos de 30 metros (centenas de pés).
  • TIPO
    • Somente as nuvens CB e TCU são codificadas em  linguagem clara. O restante é informado de acordo com a quantidade apresentada.
  • TETO
    • Altura da mais baixa camada de nuvem até 20.000 pés que cubra mais da metade do céu (BKN ou OVC).